Hoje passo por aqui
A destilar com o fígado a monotonia
Das coisas monótonas
E a vulgaridade de quem se sente vaidoso
E na verdade não é
Imbecil o que se senta e nem olha à volta
Apologista falso do pudor
De ver até uma árvore nua
E sentir dela posse como se fosse sua
Dá-me ranço a vulgaridade dos corpos
E a falta de capacidade de cálculo
Do diâmetro da existência
Aflige-me que depois de tantas lições
E tantos jardins
E tantas lágrimas
E tantos poemas
Coloquemos flores no lamento
Mas deixemos as costas
Bem direitas
Na parede de fuzilamento
Hoje passo mas não fico
Porque não me deixa o vício do fígado
Destilação (de um dia vazio)
A destilar com o fígado a monotonia
Das coisas monótonas
E a vulgaridade de quem se sente vaidoso
E na verdade não é
Imbecil o que se senta e nem olha à volta
Apologista falso do pudor
De ver até uma árvore nua
E sentir dela posse como se fosse sua
Dá-me ranço a vulgaridade dos corpos
E a falta de capacidade de cálculo
Do diâmetro da existência
Aflige-me que depois de tantas lições
E tantos jardins
E tantas lágrimas
E tantos poemas
Coloquemos flores no lamento
Mas deixemos as costas
Bem direitas
Na parede de fuzilamento
Hoje passo mas não fico
Porque não me deixa o vício do fígado
Destilação (de um dia vazio)
(Raúl Cordeiro)
Belissimo contra-luz a p/b, acompanhado de um texto a condizer, como sempre boas escolhas,beijos.
ResponderEliminarA ftografia está muito boa, solitária e "Imbecil o que se senta e nem olha à volta". O poema foi muito bem escolhido.
ResponderEliminarBeijinhos
Sofia!
ResponderEliminarMais uma imagem P&B muito bem conseguida.
Por acaso o local da foto já foi centro de algumas meditações minhas no passado.
Parabéns! O poema tb está muito bom.
Beijos e Abraços
Querida Sofia, o nosso Franco está cá e trouxe-me as revistas onde merecidamente foste reconhecida e não poderia deixar de te dar os Parabéns.
ResponderEliminarQuanto a conformar-me não é bem assim mas agora com esta companhia fenomenal tudo fica mais simples.
Mais uma bela foto e mais um belo texto a completar as tuas imagens. Sinto-te menos bem e espero que seja uma mera fase como a queda das folhas de Outuno que sempre causam uma certa nostalgia. A foto da piteira não é minha, mas brevemente irei publicar uma belas fotos do meu Franco e dos belos registos que aqui fizemos a marcar mais esta nossa bela fase.
Beijos e vai dando notícias.
..a destilar imagens B&W é isso que melhor fazes!! decididamente fico fã dos teus sonhos sem cor!!Então com o teu querido Tom Waits a debitar soundbytes a destilação fica ainda mais aprumada!...vê se animas a ALFF, quando ela por aí cair como uma folha que perdeu o rasto à árvore, dá-lhe cor!...
ResponderEliminarTanto o texto como a fotografia estão lindos , e completam-se... Gosto muito dos contra-luz que fazes, é um género de fotografia que dominas mesmo bem :)
ResponderEliminarFiz uma espécie de trabalho, desta vez sobre o exagero com os comprimidos que as pessoas tomam, não é como o da fada a contar uma história, é mais uma espécia de critica, depois diz-me o que pensas, gosto sempre de ler opiniões tuas :)
beijinho*
Belissimo poema e belissima imagem, concordo plenamente, vazios são so que não veem um mundo ao redor, criam o seu proprio e nele ficam sem apreciar a beleza que está a volta...beijos querida, tenha uma linda quinta feira e obrigado de coração pela visita.
ResponderEliminarOlá Sofia! E que bom são os acasos que nos levam ao que gostamos e abre o nosso círculo, na reta que caminhamos.
ResponderEliminarAdoro fotografias P&B. Esta por si, fala e solta aos olhos sensíveis numa imediata reflexão.Bela! O poema numa perfeita sintonia existencialista. E amei conhecer teu blog, suas fotos e abrir meus horizontes, conhecendo através deste espaço Raul Cordeiro, que vou procurar mais sobre. Adorei! Obrigada!
Beijos!
Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente ... e não a gente a ele!
ResponderEliminarMario Quintana
Este é assim...Profundo e belo e a foto mais ainda!
Fico sensibilizado com a gentileza de comentarem o meu texto com palavras tão doces. É essa a alma de que escreve: ser lido. Muitas vezes me perguntam se me sinto triste ou alegre porque escrevo coisas tristes ou alegres. Nem sempre. Mas escrevo para quem se sente triste ou alegre e um texto toca sempre alguém.
ResponderEliminarA foto da "Blandisca" fala por si só e é ela própria um poema á beira-rio.
Podem ver mais textos meus em:
www.avidadaspalavras.net
Ou qd for grande no meu livro...
Sensibilizada fiquei em com as tuas palavras Raúl. gosto de pessoas humildes, gostei da tua humildade:..."ou quando for grande no meu livro..."
ResponderEliminarGrande já tu és! obrigada por me cederes este teu belo poema;)
Trazendo um beijo carinhoso pra te desejar um belissimo final de semana na mais perfeita paz de espirito....
ResponderEliminarwww.olivrodosdiasdois.blogspot.com
Olá! 1º eu gosto de todos os teus comentários, fazes sempre algo mais que comentar e dizer : esta bonito , gostei! E eu gosto disso...analises ao que escrevo e fotografo...
ResponderEliminar2º claro que gostei! eu propria considero-me um pouco artista, mas isso cabe aos outros julgar!
Pus hoje e ontem 2 fotos no olhares da minha priminha... depois ve :)
beijinho*
Muito bonito esse poema. Sensibilidade à flor da pele.
ResponderEliminarUm belo sabado pra ti,,,fique na paz da poesia...beijos
ResponderEliminaro vazio será a ausência daquilo que pretendemos preencher, de sentidos que não conseguimos entender.
ResponderEliminarVim passear no teu blog e conhecer as postagens antigas e valeu muito a visita, tanto que recomendo com um link na minha mais recente edição. Beijo
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