Tenho uma espécie de ruído a martelar-me na cabeça.Preciso de silêncio.. Só um minuto de silêncio, por favor!!! ..................................... ..................................... Obrigada pelo minuto que me concederam!
Chove fora da janela do meu quarto. O dia chora! São lágrimas de chuva! São minhas as lágrimas Que a chuva chora.
Saio à rua Não quero que me vejam chorar…
Existe por momentos Uma plenitude de bem-estar. O dia chora por mim. Ninguém sabe!
- Ai, como chove! - Diz a vizinha Que passa Toda encharcada…
Ouço o som das minhas lágrimas Ao caírem no chão. Forma-se um lago, Onde se reflecte a minha imagem Lavada de pensamentos tristes E de tudo aquilo que quero esquecer…
Cai chuva Caíam lágrimas, Lavem-me a cara E se puderem a alma!... …………………… Volto a entrar em casa, Estou molhada, mas… Curada!
Sento-me à frente Da janela do meu quarto Olho a chuva cair lá fora.
Desta vez não são minhas as lágrimas Que a chuva chora.
Os galos cá na aldeia há muito que cantam. Tomei o pequeno almoço com a minha tia. Comemos aquela deliciosa rosca doce que ela faz todos os anos por esta altura, na festa do Espiríto Santo,uma das festas do ultimo domingo de Maio que sempre se celebra cá...Gosto de aqui estar, gosto dos sons da aldeia, do cantar dos galos à porfia, do cheiro à terra, às flores, do latido dos cães, da bondade e simplicidade desta gente...Preciso disto para me sentir mais perto da vida!!!