as dores ligeiras exprimem-se; as grandes dores são mudas...
séneca
A minha 25ª foto no Fineart com publicação na "O mundo da Fotografia Digital" nº79 de Nov/2011
Foto publicada na Revista "O mundo da Fotografia Digital" nº79 de Novembro 2011
Na página 84 é a nº 6 das dez melhores fotos selecionadas no passatempo "Missão-Retrato"
(a minha 25ª foto no Fineart)
'se todos fizéssemos um pouco de silêncio, certamente havíamos de ouvir alguma coisa'
'se todos fizéssemos um pouco de silêncio, certamente havíamos de ouvir alguma coisa'
"a voz da lua" últimas palavras do último filme de federico fellini
.
Uma viagem ao interior de "nós"...
Uma viagem ao interior de “nós”
Há dias assim.... perfeitos
Ontem foi assim...
Mulheres agora inteiras
decidimos recuar no tempo
sôfregas por nos intoxicar
(lentamente, muito lentamente...)
com os cheiros de infância,
presentes ainda neste lugar da nossa memória
recolher o sabor, o cheiro, a magia
deste afecto
que é eterno
que nos deu identidade
que nos deu inteireza
que nos deu o maravilhoso
de ser o que somos hoje,
respirar este lugar
vinte anos depois
significa encontrar
...o certo
...o bom
após tantas lágrimas de sangue.
há um elo
uma compreensão
para além do explicável
que nos une
que vem deste espaço
desta memória
destas teias
deste pó
há lugares mágicos...
que sorte tivemos
e que sorte temos S.
Auto Retrato
tenho o olhar preso aos ângulos escuros da casa
tento descobrir um cruzar de linhas misteriosas, e
com elas quero construir um templo em forma de ilha
ou de mãos disponíveis para o amor...
(...)
Al Berto
( a minha 26ª foto no fineart)
( a minha 26ª foto no fineart)
..........
..."O mais desagradável é que sofro realmente da nostalgia de qualquer coisa"...
Fiódor Dostoievsky in "crime e castigo"
a verdade como o silêncio, existe apenas onde não estou. o silêncio existe por trás das palavras que se animam no meu interior, que se combatem, se destroem e que, nessa luta, abrem rasgões de sangue dentro de mim. quando paro de pensar e me fixo, por exemplo, nas ruínas de uma casa, há vento que agita as pedras abandonadas desse lugar, há vento que traz sons distantes e, então, o silêncio existe nos meus pensamentos. intocado e intocável. quando volto aos meus pensamentos, o silêncio regressa a essa casa morta. é também aí, nessa ausência de mim, que existe a verdade. (...)
José Luis Peixoto in "'cemitério de pianos'
P.s. sinto a tua falta Sandra!
morrer
é uma arte, como outra coisa qualquer.
e eu executo-a excepcionalmente bem.
executo-a de forma a parecer-se com o inferno.
executo-a de forma a parecer real.
acho que se podia dizer que tenho um dom.
é bastante fácil executá-la numa cela.
é bastante fácil executá-la e ficar como se nada fosse.
é cena de teatro
regressar em pleno dia
ao mesmo lugar, ao mesmo rosto, ao mesmo brutal
e divertido grito:
um milagre!
que me põe k.o.
há que pagar.
para ver as minhas cicatrizes, há que pagar
para ouvir o meu coração —
é assim mesmo.
(...)
'a senhora lázaro', sylvia plath
é uma arte, como outra coisa qualquer.
e eu executo-a excepcionalmente bem.
executo-a de forma a parecer-se com o inferno.
executo-a de forma a parecer real.
acho que se podia dizer que tenho um dom.
é bastante fácil executá-la numa cela.
é bastante fácil executá-la e ficar como se nada fosse.
é cena de teatro
regressar em pleno dia
ao mesmo lugar, ao mesmo rosto, ao mesmo brutal
e divertido grito:
um milagre!
que me põe k.o.
há que pagar.
para ver as minhas cicatrizes, há que pagar
para ouvir o meu coração —
é assim mesmo.
(...)
'a senhora lázaro', sylvia plath
Auto Retrato
Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
nem na polpa dos meus dedos
se ter formado o afago
sem termos sido a cidade
nem termos rasgado pedras
sem descobrirmos a cor
nem o interior da erva.
Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
minha raiva de ternura
meu ódio de conhecer-te
minha alegria profunda
Maria Teresa Horta
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